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INFO Junho2017 Fumo Cirúrgico – O Inimigo Escondido no Bloco Operatório!





















Figura 1. Ilustra o fumo cirúrgico.

















Fonte: www.vimeo.com

A quantidade, características e tamanho das partículas A disseminação ambiental das partículas do fumo ci-
constituintes do fumo cirúrgico dependem do tipo de pro- rúrgico pode alcançar valores entre 24 a 400 mil par-
cedimento, do gerador, nível de potência usada (fgura 2), tículas/cm nos primeiros 5 minutos após a ativação
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tempo de utilização e tipo de tecido. O fumo resultante dos equipamentos de eletrocirurgia, só regressando
é composto por cerca de 95 % de vapor de água e 5 % aos níveis iniciais 20 minutos após terminar a cirurgia
de produtos de combustão, que podem conter até cerca desde que mantidas as recomendações da assepsia
de 150 produtos químicos (Ulmer, 2008). Os produtos de progressiva e o sistema de renovação de ar.
combustão incluem compostos orgânicos (benzeno, to-
lueno, formaldeído, cianeto de hidrogénio entre outros), A exposição ao fumo cirúrgico composto por estas
compostos inorgânicos (CO, CO2, NO2 e SO2) e microrga- substâncias com caraterísticas tóxicas, mutagénicas e
nismos como bactérias fungos e vírus (Gonzalez 2006). cancerígenas está associada à seguinte sintomatologia

Figura 2. Diagrama dos modos de fornecimento de energia elétrica ao tecido.
Corte (CUT) - menor voltagem com corrente contínua, provoca destruição por vaporização celular com maior produção
de fumo.
Coagulação (COAG) - maior voltagem de corrente espaçada que provoca aquecimento e desidratação celular com
menor produção de fumo.





















Fonte: The Jornal of the American Association of Gynecology Laparoscopists.




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